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Foto do escritorRafael Moraes (Fundador)

Entrevista com Julie Pedrosa: vencedora do Prêmio ABERST de Literatura

Julie Pedrosa é autora do livro 'Maldita Seja Eva', obra best seller na Amazon e agraciada com o Prêmio ABERST de Literatura na categoria Narrativa Longa de Suspense.

Julie Pedrosa integra o grupo de jovens e promissoras escritoras brasileiras. Amante de suspense, escreve desde os oito anos de idade e já vem colecionando, de pouco a pouco, suas vitórias.


Venceu recentemente, com a sua obra 'Maldita Seja Eva', a 5ª edição do Prêmio ABERST de Literatura, na categoria Narrativa Longa de Suspense.


Além disso, sua obra também já esteve entre os livros mais vendidos da gigante Amazon.


Nascida em Fortaleza, Ceará, Julie Pedrosa tem grande apreço pela literatura e teve influências diversas, entre autores nacionais e internacionais.


Sendo os principais: Agatha Cristhie, Arthur Conan Doyle, Dot Hutchison, Ilana Casoy e Elizabeth Haynes.


Além de escritora, Julie Pedrosa é também mentora de escrita criativa e cursa duas faculdades: ciências aeronáuticas e psicologia.


Apesar de possuir muitas atividades diárias, Julie, por mérito de sua organização, ainda consegue tempo para trabalhar na editora de uma das universidades em que estuda.


Para ela, uns dos grandes segredos para conseguir realizar todas as suas tarefas é a organização e a crença em si mesma:

Então o segredo é isso, é realmente organização e você acreditar em você também, 'né'? Porque se você não acreditar que você consegue você não vai conseguir mesmo.

Julie Pedrosa está trabalhando em um novo livro que pretende publicar em 2023. Mas não deu muitos detalhes sobre ele, disse apenas que está considerando qual a melhor editora para lançá-lo.


No entanto, para a alegria de seus leitores, ela publica, no próximo dia 20 de dezembro, o conto de natal 'Luzes de Emergência', que narra a história de um avião que cai no Polo Norte.


Os passageiros da aeronave, ainda tentando sobreviverem por conta do acidente, precisam lidar com uma série de assassinatos que ocorrem paralelamente.


Leia a entrevista completa com a autora!


Entrevista com Julie Pedrosa

1. Julie, você se importaria de contar um pouquinho sobre o início da sua carreira como escritora? Como começou a escrever etc...


Eu comecei a escrever muito cedo porque minha família sempre incentivou muito a leitura e consequentemente a escrita também.


Minha mãe gostava muito de escrever, mas ela escrevia mais livros na área de assuntos técnicos. Mas ela sempre me incentivou muito a escrever.


Então foi uma coisa meio natural pra mim, como sempre desde criança eu consumi muitos livros, chegou um momento em que eu decidi que eu precisava escolher escrever ali os meus próprios livros, 'né'? Criar as minhas próprias histórias...


Eu comecei meu primeiro livro foi aos oito anos, foi bem cedo, foi sobre uma viagem que eu tinha feito com a minha família e quando eu voltei dessa viagem eu escrevi esse livro e a única pessoa que leu foi minha avó, assim, foi...


Era um livro, claro, muito amador e infantil. Eu lembro que assim, cada parágrafo tinha uma cor diferente e tal... Era um evento, 'né'?


A partir desse livro, minha avó viu que eu tinha algum talento ali, e ela incentivou muito que eu continuasse escrevendo, então eu continuei escrevendo a partir daí.


Escrevia pequenos trechinhos, alguma coisinha ali outra coisa lá, é...


As minhas redações na escola eram o terror dos professores porque eu sempre passava das trinta linhas e foi uma coisa que acabou sendo natural.


Quando eu cheguei ali na pré-adolescência, de onze anos pra... Em seguinte eu comecei a escrever fanfics.


Eu escrevia fanfics que faziam bastante sucesso no 'Nyah Fanfiction' na época, principalmente de Percy Jackson.


E acabou que foi crescendo aí, até que eu escrevi o meu primeiro livro original que foi aos quinze, dezesseis anos, só que eu não cheguei a finalizar ele, larguei ele de mão.


Depois aos dezoito eu voltei a escrever livros originais e foi aí que eu terminei o meu primeiro livro.


E só em seguida foi que veio o 'Maldita Seja Eva', que é o meu livro publicado atualmente, o que 'tá' recebendo prêmios, 'tá' recebendo toda essa... 'Tá' sendo tão bem recebido pelo público, 'né'? Estou muito feliz com isso.


Enfim, esse foi o início da minha carreira, então eu me considero ainda, no fato assim de carreira mesmo, uma autora que acabou de surgir.


Eu comecei, eu fui lançada a primeira vez em 2021, então é algo muito recente pra mim, ter isso como profissão na minha vida.


Tem sido muito louco porque eu sempre me esforcei em tudo que eu me pretendia fazer...


E quando eu decidi que eu queria ser escritora profissionalmente eu me esforcei muito, eu estudei muito, eu passei o ano de 2019, 2020 só estudando escrita criativa e 'tá' estudando todo o tipo de técnica que eu pudesse para dar o meu melhor para realmente me profissionalizar nisso.


Então eu acredito que eu tive resultados muito rápidos, mas é porque eu me esforço muito, de verdade, em todos os âmbitos possíveis, tanto na escrita, quanto na questão de marketing, de estar presente na rede social, de criação de conteúdo.


Então, é isso. Esse foi o começo da minha carreira, de onde eu comecei a escrever.


2. Você venceu recentemente o Prêmio ABERST na categoria Narrativa Longa de Suspense, com o livro Maldita Seja Eva, que inclusive foi best seller na Amazon. Ao que você atribui tudo isso (sendo ainda tão jovem)?


Olha, eu queria dizer que é sorte, mas eu trabalho tanto, o tempo todo, que não tem como eu te dizer que não é outra coisa além do resultado do meu esforço e aqui eu não estou sendo, assim, me achando nem nada do tipo.


Mas é porque realmente foram anos em que eu trabalhei muito, tanto no lançamento de 'Maldita Seja Eva', eu fiz, assim...


Eu sempre busco dar o meu melhor dentro do que eu posso, então...


Quando eu estava lançando o 'Maldita Seja Eva' eu conhecia muito pouco de marketing, conhecia muito pouco de criação de conteúdo, mas eu dei o meu melhor, eu fiz... eu comprei e-books sobre marketing para escritores, fiz cursos dentro do que eu podia.


Então, eu sempre procurei entregar o meu melhor em tudo o que eu fazia e eu acho que a gente tem muito essa crença no mundo da escrita de que a gente precisa entregar algo perfeito, um livro perfeito, um conteúdo perfeito, e a gente nunca vai conseguir entregar nada perfeito não.


A gente vai conseguir entregar o que é o nosso melhor, é isso o que a gente pode dar para o público.


E o público sabe quando a gente está dando o nosso melhor e quando a gente está dando um negócio 'meia boca'.


Então, eu acho que o segredo de tudo, assim, o que eu atribuo, realmente, é que eu sempre dei o meu melhor em tudo o que eu estava fazendo ali, eu dei minha alma em cada momento.


Tanto no processo de criação do livro, eu estudei alucinadamente escrita criativa porque eu não conhecia técnicas de escrita antes de 'Maldita Seja Eva'.


Então eu estudei alucinadamente, depois eu estudei alucinadamente, fiquei obcecada por marketing, por criação de conteúdo.


Estive presente em todas as redes sociais, e eu sempre procurei ser autêntica, ser criativa, ser eu mesma.


Eu nunca procurei executar um papel ali que não sou eu. Então, o que as pessoas veem ali na internet, nos story's, tudo, sou eu.


É o meu jeito, é as coisas que eu gosto de fazer, as coisas bregas que eu gosto de postar, as minhas montagens, sou eu.


Acho que a gente busca muito encaixar no perfil de escritor que não funciona.


Então eu não sou uma escritora quieta. Não sou uma escritora que gosta de ir para uma casa no meio do mato ficar escrevendo. Não sou uma escritora misteriosa. Sou muito espalhafatosa e esse é o meu jeito.


E eu acho assim, essa autenticidade ela atrai muito o público pra perto da gente, ela atrai muito as pessoas pra ter uma relação ali mais do que um fã e um criador de conteúdo, ou então um autor e um leitor, entendeu?


A gente cria realmente uma amizade, uma relação, e eu vejo que essa relação ela também mostra muito do segredo das coisas, porque uma pessoa que cria uma relação com você ela vai querer comprar de você mais uma vez, ela vai querer comemorar as vitórias com você, ela vai querer comentar nas suas publicações pra que você consiga mais visibilidade...


Ela vai 'tá' torcendo por você. Então, eu atribuo a isso também.


3. Você tem alguma outra obra publicada? Está trabalhando em algum livro novo?


Eu participei de uma coletânea esse ano que é 'Uma playlist para o fim do mundo' com o meu conto 'Túmulo de inocentes', é a minha única obra que 'tá' publicada.


E agora eu estou indo publicar, dia 20 de dezembro, 'Luzes de Emergência', que é o meu conto de natal, na verdade é quase uma novela porque tem dezoito mil palavras — na verdade 15 mil, perdão — , quinze mil palavras, então já passa aí do limite do conto, já chega na novela. E ele vai ser publicado dia 20.


Então ele conta a história de um avião que cai no Polo Norte, na noite de natal. Enquanto as pessoas tentam sobreviver, elas estão sendo assassinadas misteriosamente.


Ano que vem eu também tenho já um livro em andamento que é sobre... Ah, eu não vou contar porque eu acho que ainda está muito longe (risos). Mas eu tenho um livro em andamento para o ano que vem.


Eu 'tô' procurando uma editora para publicar ele e já tenho algumas propostas aí a vista, mas estou aberta ainda, não decidi por quem será publicada.


Mas eu estou muito esperançosa de que ele vai ser publicado na Bienal do Rio, tenho essa esperança no meu coração e eu espero que eu consiga realizar isso.


4. Falando um pouco da sua carreira acadêmica... Você é estudante de psicologia e ciências aeronáuticas. No instagram, além de promover seu trabalho como escritora, você também faz mentoria de escrita criativa e ajuda outros autores a desenvolverem melhor os seus textos. Como você consegue dar conta de tudo isso? Qual o segredo?


Eu 'tô' rindo porque hoje eu dei uma outra entrevista e toda vez que alguém sabe que eu faço duas faculdades é a mesma pergunta Como é que você 'dá' conta? Qual é o segredo?


Gente, eu não sei. O segredo é ser um pouco maluca, porque pra você se testar nesse papel você no mínimo precisa ter aí uns dois neurônios faltando.


Mas sem brincadeira assim... Organização. Eu sou muito, muito organizada, posso dizer até que eu sou um pouquinho obcecada por organização.


Eu tenho uma agenda onde eu digo tudo o que eu vou fazer no dia. Tudo o que eu preciso fazer, meus prazos.


Então eu programo minha semana, eu programo o meu mês, eu programo tudo absolutamente que eu conseguir programar.


Então o meu segredo realmente é ter esse controle. Eu uso muito o 'note' pra questão de organização também, além de uma agenda física, e aí eu indico o planner da 'Aff The Hype' se alguém quiser comprar porque ele me ajuda demais.


Então eu uso essas duas formas de organização, tanto o papel que eu acho que escrevendo minhas metas do dia às vezes eu consigo me organizar melhor.


Eu não estabeleço horários para fazer as coisas que eu tenho pra fazer, eu só estabeleço o que eu preciso fazer no dia e daí eu vou vendo o que eu faço primeiro o que eu faço depois.


E no 'note' eu coloco lá direitinho, que eu adoro, eu coloco etiquetando por cor o que é que eu preciso fazer, referente a qual faculdade, ao quê...


Então é tudo muito organizado e o meu prazer do dia é ir dando o 'check' em tudo, eu acho que depois de um tempo você começa criar realmente o prazer nisso, de você ir lá checando suas atividades do dia.


Então o segredo é isso, é realmente organização e você acreditar em você também, 'né'? Porque se você não acreditar que você consegue você não vai conseguir mesmo.


Eu também sou muito tranquila — mentira, não sou tranquila —, mas eu quis dizer que sou tranquila no sentido de assim, quando você está fazendo muitas coisas ao mesmo tempo é bem provável de que talvez você vá cometer erros uma vez ou outra com mais frequência do que você cometeria se você tivesse dedicando cem por cento de atenção nas coisas.


Então às vezes você precisa estabelecer prioridades, o que é mais importante pra você. E é uma coisa que eu tive que aprender muito na marra e foi muito difícil pra mim, que quando você 'tá' fazendo muitas coisas não tem jeito, ou você estabelece prioridades, do que é mais importante pra você naquele momento, ou você vai ser ruim em tudo.


Tem dias que a minha prioridade é a faculdade de ciências aeronáuticas. Tem dias que a minha prioridade é psicologia. Tem dias que a minha prioridade é a escrita.


Depende de em que momento, o que eu 'tô' fazendo. Por exemplo, esse mês eu 'tô' extremamente atarefada porque 'tá' terminando o semestre das duas faculdades e eu 'tô' publicando 'Luzes de Emergência' , mas a minha prioridade é 'Luzes de Emergência'.


Então todos os dias eu 'tô' fazendo post's. Todos os dias eu 'tô' presente nas redes sociais e essa é a minha prioridade no momento.


Talvez por isso eu não consiga me dedicar tanto quanto eu gostaria aos meus trabalhos, às minhas provas, mas eu vou me dedicar também, eu só não vou focar cem por cento minha atenção nisso e morrer de estudar achando que, sei lá, vai ser o fim do mundo se eu não tirar um dez dessa vez. Entendeu?


Eu acho que é isso. Você saber estabelecer prioridades, você se organizar, você acreditar no seu potencial e abrir mão de algumas coisas de vez em quando.


Quando eu 'tô' muito, muito cheia, tipo assim, no ápice do cheio, porque chegam dias que eu estou soterrada de coisas.


Eu escrevo tudo no papel, o que eu preciso fazer, jogo pra cima, pego o papelzinho e é aquilo ali que eu vou fazer, entendeu (risos)?


Então é isso, não tem o que ser feito. Se algo deixar de ser feito também não é o fim do mundo. A gente tem que aprender a se perdoar quando a gente 'tá' fazendo muitas coisas então saber de que às vezes você tem limites e é isso, uma coisa bem difícil.


Eu falo assim como se fosse fácil mas não é, eu tenho uma dificuldade ainda nisso, quando eu não consigo dar conta de alguma coisa eu fico muito mal, mas a gente precisa aprender isso.


Só pra dizer que você esqueceu nessa lista aí de que atualmente eu estou trabalhando numa editora da minha universidade.


Eu consegui uma bolsa de estudos lá (risos), eu termino a bolsa agora no fim do ano.


Ah, e assim, outra coisa, além desses fatores que eu falei, a gente tem que 'tá' disposto também a abrir mão de alguns momentos incríveis que agente talvez teria se a gente não tivesse tão atarefado.


Então eu gosto de sair muito com os meus amigos, ir pra cinema, essas coisas, é... Mas geralmente, quando eu 'tô' muito atarefada eu preciso abrir mão desses momentos por sei lá, semanas, às vezes um mês inteiro.


Então é realmente saber estabelecer prioridades e saber abrir mão de algumas coisas que a gente gostaria muito de fazer mas não poderíamos fazer.


Ah, eu adicionaria também aqui o fato de que eu gosto de tudo o que eu faço, 'tá'? Eu não faço nada que eu não goste.


Eu gosto muito de ciências ceronáuticas, eu gosto muito de psicologia, eu gosto muito de dar mentoria, gosto muito de escrever.


Então tudo o que eu faço eu gosto muito então pra mim eu faço a maior parte deles com prazer.


Às vezes eu uso meu tempo livre pra 'tá' estudando, porque realmente é o que eu gosto.


5. No seu ponto de vista, existe uma fórmula única de divulgação literária que possa beneficiar qualquer autor, independente da obra, etc? Se sim, qual?


Acho que fórmula única não porque depende muito da autenticidade da pessoa, da forma como ela gosta de divulgar, entendeu?


Então depende muito do gênero que a pessoa escreve também, depende de vários fatores. Existem diferentes tipos de divulgação, pra diferentes tipos de gêneros, pessoas.


Eu acho que assim, o que funciona pra todo mundo é a presença no virtual, entendeu?


Você criar conteúdo, você 'tá' presente no virtual independente do modo como você faz, isso funciona pra qualquer um.


Você 'tá' presente, você ser lembrado funciona. O modo como você faz isso, aí eu acho que não...


Acho que existe formas diferentes e acho que todo mundo tem aí um pouco do seu jeitinho, por mais que siga algum padrão específico, o importante é você colocar o seu jeitinho nisso, entendeu?


Porque uma divulgação que é só uma propaganda ali igual a de todo mundo, é uma divulgação chata.


Então, pra ela ser eficiente, ela realmente tem que ser do seu jeito. Então eu acho que não.


6. Entre os seus sonhos, você almeja ter R$ 2 milhões na conta, um best seller físico e um jatinho particular que você mesma pretende pilotar. Pra onde você pretende ir com esse jatinho cheio de livros e dinheiro?


(Risos) Melhor pergunta que eu recebi, de todas as entrevistas que eu fiz até agora, gente! Eu não acredito que eu coloquei isso na minha bio, até hoje, mas é porque eu sou assim, gente, eu gosto muito de brincar...


E no caso isso aí não é nem brincadeira, 'né'? Aquela brincadeira que você fala assim com fundo de verdade.


Mas é... R$2 milhões na conta, eu acho, que assim, estava até conversando com as minhas amigas, ultimamente, eu gosto muito de ajudar as pessoas, as minhas amigas, a minha família e outras pessoas também.


Então eu quero esse tanto de dinheiro, não só para me dar uma vida extremamente confortável, que eu quero, claro, acho que todos nós queremos, mas também pra poder fazer vários projetos sociais que eu tenho muita vontade.


Eu tenho muita vontade de abrir um canil e eu tenho muita vontade de melhorar a vida das minhas amigas.


Então, por exemplo, eu tenho muita vontade de abrir esse canil e colocar uma amiga minha que é veterinária pra cuidar dele pra mim e dar um salário muito melhor do que o que ela recebe hoje. Então...


Esse jatinho cheio de livros e dinheiro, o dinheiro ele seria usado realmente pra projetos sociais que eu gostaria muito, pra melhorar a vida das minhas amigas, da minha família, a minha vida.


Eu acho que o dinheiro ele não compra a felicidade, mas ele compra conforto, ele compra paz, e eu vejo assim, tanto as minhas amigas que lutam tanto pra vender livros, pra ter uma vida digna, quanto as pessoas que eu amo mesmo, que no geral vivem da arte, é tão difícil que eu só queria ter muito dinheiro pra financiar todo mundo.


Quer fazer seu livro físico? Vai lá que eu pago pra você, pode fazer, eu sei que vai ser um sucesso.


Porque eu acho que o que falta muito também, hoje, na literatura nacional é financiar autores, entendeu?


Tem muito autor foda aí que conseguiria milhões, que venderia horrores se fosse financiado, se tivesse um marketing, se tivesse dinheiro pra publicar.


Então o dinheiro eu usaria pra isso. O jatinho eu usaria mesmo porque eu adoro pilotar e eu iria amar sair catando minhas amigas, eu tenho amigas no Brasil inteiro e fora do Brasil.


Então, como eu viajo muito, 'tô' sempre me mudando, 'né'? Não sei se você sabe, mas eu sou de Fortaleza, morei no Rio, agora eu moro em Roraima e eu quero muito sair daqui então...


Eu sempre 'tô' num canto diferente, por isso meus amigos estão muito espalhados pelo Brasil. Então a minha maior vontade é pegar esse jatinho, sair catando de um em um e fazer assim, sei lá, um fim de semana numa praia e vamos lá no jatinho, entendeu?


Sair pegando minhas amigas tudo do mercado literário, de onde for, e sair viajando por aí. Poder também proporcionar essas viagens para essas pessoas incríveis, porque viajar pra mim é a melhor coisa do mundo. Então...


Eu acho que como é uma paixão muito grande pra mim eu queria poder compartilhar essa paixão com as minhas amigas também.


Eu tenho amigas que nunca viajaram na vida, e poder pilotar pra elas, 'né'? Porque assim, eu não sei, eu tenho essa paixão.


Acho que o primeiro lugar que eu iria com esse jatinho seria a França, 'tá'? Nunca falei isso pra ninguém, mas eu sou muito apaixonada pela França, então acho que o primeiro lugar que eu iria é pra lá.


E os livros eu acho que serviria para os projetos que eu tenho sociais também, 'né'? Então 'tá' aí, já dei um futuro pra tudo. Adorei essa pergunta.


E assim, 'né'? Tirando o fato de que só alguém entrar nesse avião comigo eu já ficaria extremamente feliz, porque você confiar em alguém pra pilotar e esse alguém ser Julie Pedrosa (risos), eu acho que é o maior voto de confiança que você vai dar na sua vida.


Então eu ficaria muito honrada também de levar minhas amigas aí, eu acho que seria a maior prova de amor que elas me dariam.


7. Livros e autores que te influenciaram...


Então, fui uma adolescente que cresceu lendo Agatha Christie e Sherlock Holmes, então... Não posso não citar, 'né'? Estes dois aí, os livros do Sherlock Holmes, no caso, e todos da Agatha Christie.


Não li todos mas os que eu li, todos me influenciaram muito.


Tem um livro que é do Dot Hutchison, o 'Jardim das Borboletas', que eu li também quando era mais nova e ele me influenciou muito a escrever suspense.


Então, os livros da Ilana Casoy também, todos me fizeram ter uma paixão 'loucaça' pelo true crime. Adoro ela.


E... deixa eu pensar em mais alguém aqui...


Pra 'Maldita Seja Eva' quem me inspirou muito foi a Elizabeth Haynes, com o livro 'No Escuro', que é um livro que retrata uma mulher com TOC em um relacionamento abusivo. Ela teve um relacionamento abusivo e acabou desenvolvendo TOC depois por conta disso.


Então eu acho que tem esses nomes pra você.


8. Considerando que em breve você será milionária, quer se tornar sócia da LPS (estamos precisando de futuros milionários por aqui)? Já aproveita para deixar as considerações finais...


Rapaz, ainda está faltando é muito pra esse 'milhão' chegar (risos), mas quando chegar entra em contato comigo, quem sabe aí vocês não vão ser um dos financiados pela Instituição Julie Pedrosa, 'né'?


Vou ter muito prazer em financiar vocês, sem problemas. Espero muito que esse 'milhão' chegue logo (risos).


E as minhas considerações finais é muito obrigada por me chamar para uma entrevista. Eu 'tô' realmente muito feliz com toda essa visibilidade que 'Maldita Seja Eva' está tendo, com toda visibilidade que o mercado independente 'tá' tendo junto, 'né'?


Eu quero aqui ressaltar que 'Maldita Seja Eva' ganhou um prêmio muito importante e é um livro independente.


Eu fiz tudo sozinha, desde o processo editorial, a escrita do livro, a escolha de capa, tudo foi eu que paguei, foi eu que fiz, eu que corri atrás.


Então eu acho que é muito importante a gente lembrar disso pra cultivar a esperança aí dentro de outros autores independentes, porque a nossa vida já é muito difícil como autor independente e eu sei que às vezes a gente esquece que a gente consegue chegar em grande lugares, que a gente consegue conquistar as coisas que a gente quer.


Então eu queria lembrar aos autores independentes que estejam lendo, que existe sim a chance de a gente conquistar tudo que a gente almeja, a chance de a gente se tornar best seller, a chance de a gente ganhar um prêmio, de realmente conquistar o mundo como a gente quer.


A gente vê aí que tem vários autores que estão agora aparecendo e se tornando fenômenos na literatura, construindo carreiras, conseguindo conquistar lugares em editoras grandes. Então...


Eu acho que tudo isso é realmente bom pra gente lembrar que a gente consegue sim, que a gente tem espaço, a gente 'tá' conseguindo criar esse espaço na marra, conquistar ele.


A gente nem sempre teve ele, mas agora a gente 'tá' conseguindo e a gente vai pegar esse espaço e abrir ainda mais, conseguir conquistar coisas ainda maiores.


Então é isso, fico muito feliz, de verdade, pelo convite. Muito obrigada e aqueles que quiserem acompanhar o meu trabalho, peço que me sigam no meu instagram @escritoradebordo, no TikTok é o mesmo, no Twitter também é igualzinho, só que o 'de' é só um 'd'; escritoradbordo.


Então é isso, acompanhem o meu trabalho, 'Luzes de Emergência' lança dia 20 de dezembro.


Será lançado em formato e-book pela Amazon, é um conto de natal como eu já falei anteriormente, sobre um avião que cai no Polo Norte.


Eu espero que vocês gostem e muito, muito, muito obrigada.

 

Entrevista realizada em 07/12/2022

 

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