Resultado do Prêmio Sesc de Literatura 2025
- Rafael Moraes

- 8 de set.
- 4 min de leitura
Conheça a lista de vencedores e finalistas do Prêmio Sesc de Literatura 2025.

O Prêmio Sesc de Literatura é uma das premiações mais desejadas pelos autores brasileiros. Com mais de 20 anos de história, o prêmio literário tem como principal objetivo reconhecer novos autores.
Geralmente, os autores selecionados do Prêmio Sesc de Literatura costumam ganhar a publicação de suas obras inéditas por grandes editoras e participam também do circuito nacional Sesc de Literatura, onde podem compartilhar seus conhecimentos e falar mais profundamente sobre o seu trabalho literário.
Na edição de 2025, foram mais de 2,4 mil obras inscritas, mais de 35 finalistas e 3 autores vitoriosos, nos gêneros de romance, conto e poesia. Conheça abaixo mais sobre cada um dos autores vitoriosos.
Autores premiados do Prêmio Sesc de Literatura 2025
Marcus Groza, vencedor na categoria Romance, com o livro “Goiás”
Poeta, dramaturgo, professor, encenador... Marcus Groza é daquelas pessoas que transitam por várias linguagens artísticas com naturalidade. Com um currículo de peso — doutorado em Artes Cênicas pela UNIRIO, mestrado em Artes pela UNESP e graduação em Filosofia pela USP —, ele já participou de programas de TV e festivais declamando seus poemas, além de ter codirigido o espetáculo de dança-teatro “Woyzeck”, em 2021.
Também trabalha como editor, tradutor e iluminador, sempre mergulhado no universo das artes. Mas foi em 2025 que Marcus resolveu experimentar algo novo: se aventurou no romance, e venceu o Prêmio Sesc de Literatura com a obra Goiás.
Goiás é um livro que mistura memórias, crítica social e poesia, tudo com um peso simbólico e emocional bem forte. O protagonista? Um cachorro farejador caramelo, que trabalha em missões de resgate. Mas ele é muito mais do que isso: representa resistência, alegria e dor diante da destruição provocada pelo ser humano e pelas tragédias ambientais. A narrativa vai alternando entre as ações de salvamento e reflexões profundas sobre a vida e a morte.
Abáz, autor do livro "Massaranduba", vencedor na categoria conto
Nascido em Salvador (BA), Abáz tem 31 anos e uma trajetória marcada pela educação e, mais recentemente, pela escrita. Formado em História pela UFBA, é mestre em Educação pela UFMG e atualmente faz doutorado na USP. Além disso, trabalha como professor na rede municipal de São Paulo.
A escrita entrou na sua vida bem recentemente, em 2024, quando participou de oficinas literárias e, aos poucos, foi vencendo a timidez para mostrar seus textos.
Massaranduba, seu livro de estreia, é uma coletânea de contos que mergulha no cotidiano de pessoas marginalizadas, em cenários urbanos e periféricos. As histórias transitam entre o trágico e o cômico, entre o absurdo e o real, trazendo à tona experiências marcadas por violência, afeto, fé e resistência.
Leonardo Piana, vencedor na categoria poesia, com o livro "Escalar Cansa”
Mineiro de Andradas, Leonardo Piana é escritor, servidor público e agora também poeta — embora ele mesmo ainda esteja se acostumando com esse novo título. Formado em Comunicação pela USP, ele já tem uma trajetória consolidada na prosa: escreveu dois romances antes de se aventurar no universo da poesia.
Seu primeiro livro, Sismógrafo, conquistou o Prêmio Cidade de Belo Horizonte e foi finalista de importantes prêmios literários, como o Jabuti, o São Paulo de Literatura e o Mix Literário. A obra, inclusive, está sendo adaptada para o cinema. Já o segundo romance, Tarde no planeta, também premiado, tem lançamento previsto para setembro deste ano. A estreia na poesia veio com Escalar Cansa, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura.
Escalar Cansa é um livro sensível e cheio de camadas: mistura mitologia grega com vivências do presente, atravessando temas como afeto, dor, resistência e identidade. É uma poesia que fala do íntimo, da família, da existência, com força e delicadeza ao mesmo tempo.
Conheça os autores e as obras finalistas do Prêmio Sesc de Literatura 2025
Poesia
O nome do futuro é Janaina – Anderson Henrique Lucht
Me escreve – Ágata de Mesquita Barbi
Como se a brasa depurasse – Cleiton Galvão de Mesquita Furtado
Refrão – Eduardo Fernando Marques Mazarão
Ficções do dicionário – Ewerton Martins Ribeiro
Formas do Não (poemas da vida gasta) – Luís Felipe Ferrari
O verniz dos reflexos – Leonardo de Oliveira Guaragni
Baculejo – Marcelo Luiz da Silva
O não lugar – Karine Alves Matias
A parte mais bonita do corpo é a crista ilíaca – Luísa Loureiro Monteiro de Castro Teixeira
Mania de desaparecer – Priscilla Thuany Cruz Fernandes da Costa
Conto
Cheiro de cigarro nas escadas – Ana Gabriela Rebelo dos Santos
O tempo que nós inventamos – Anne Torrecilha
Brinde à discórdia – Davi Bezerra Souto
A hierarquia da miséria – Dioleni Santanna Motta
Graus de separação – Giovanna Theresa Martini Mazetto Gallo
Lobos à espreita – Helena Lukianski
O sumiço do boi de reisado – José Francisco dos Santos
Flores noturnas desabrocham nas terras – Márcia Silva de Oliveira Moura
Uma fome antiga – Maíra Barbosa Ferreira da Silva
O homem de chinelo – Maurício Martins de Oliveira
Um pouco antes de uma vez por todas – Marcos Namba Beccari
Cigarras – Marianna Gómez Strenge Tórgo
O ruído do pássaro – Manuela Del Lama Titoto
Matrioskas – Nadja Maria de Farias Bereicoa
Romance
Cartas para Olívia – Arzírio Alberto Cardoso
Inácia – Carla Carneiro do Nascimento
O Senhor Presidente vai à Ilíria – Bruna Luisa Schmitz dos Santos
Copo sujo – Joao Daniel Cardoso de Lima
Tempo de Clarisse – Lucas Alves Cunha
Mirante – Lécio Cordeiro de Souza
Evangelho de Dante – Marcelo Novo e Trigueiros
Como aprender a boiar – Marcela Araruna de Aquino
…metâmeros… – Milena Martins Moura
O palhaço, o poeta e eu – Rômulo César Lapenda Rodrigues de Melo
Vamos jantar Saramago – Paulo Eduardo Righi
Tartarugas marinhas – Rita Isadora Pessoa Soares de Lima
A sete palmos a terra gesta – Fernanda Fragoso Zanelli
Ramal 65 – Vasni de Almeida




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