Grimório: o que é?

Os grimórios eram livros usados na época medieval para guardar rituais, feitiços e encantamentos.

Se você gosta de livros, com certeza em algum momento já ouviu falar na palavra grimório, principalmente se você tiver interesse por magia.

Os grimórios eram livros usados para guardar rituais de bruxaria, sobretudo em formato de símbolos.

Neles eram colocadas espécies de receitas e preparos para a obtenção de determinados fins, fossem eles bons ou maus.

Além de ser um manual de magia, o grimório também pode ser considerado um "dicionário de anjos ou monstros", uma vez que neles também eram colocadas as descrições dessas espécies.

Um dos grimórios mais conhecidos é o livro de São Cipriano. Nele é possível encontrar um pouco de cada um dos tópicos destacados acima.

Acredita-se que o termo grimório tenha nascido na mesma fonte da palavra gramática. Neste caso, ambas teriam surgido do termo em francês antigo gramaire.

No entanto, é importante destacar que a gramática, neste caso em específico, era entendida como a representação coerente das frases. Ou seja, a gramática lidava com as frases lógicas.

Por outro lado, os grimórios não estavam - como ainda não estão - necessariamente ligados às sentenças lógicas das frases ou palavras, pois neles também se encontram os símbolos.

E a simbologia está entre as principais características de um grimório.

Uma forma de você entender isso melhor é através da ótica de organização. Por exemplo, se a gramática trata de organizar e ensinar a usar o texto, as palavras e frases, logo, o grimório trata de ensinar a usar feitiços, poções etc.

Conseguiu entender melhor?

Os grimórios já foram muito utilizados em filmes e séries. Atualmente, na série Wandinha, personagem da Família Addams, é possível notar um.

Geralmente eles são feitos de forma manual, tem capas bem marcantes e uma aparência que lembra algo muito antigo - porque de fato são.

Muitos dos grimórios produzidos no passado possuíam símbolos nas capas. Além desses desenhos, era possível encontrar também algum título curto, ou, em alguns casos, até a ausência destes.

Mas não existe um modelo básico padrão para se construir um grimório, basta apenas que você siga a ideia central de um.

Atualmente, um bom exemplo de grimório moderno é o livro Bruxa Natural, da escritora Arin Murphy-Hiscock.

Ele é um guia completo de ervas, flores, óleos essenciais e outras magias. Nele a autora ensina a como usar a natureza para despertar a magia que existe dentro de cada pessoa.

Existem muitas diferenças entre os grimórios atuais e os mais antigos. Veja a seguir algumas dessas diferenças!

Os grimórios mais modernos, principalmente os comercializados, são muito parecidos com livros comuns.

Possuem capas, diagramação, páginas amareladas e tudo o que é possível encontrar em livros de literatura, por exemplo.

Algumas pequenas diferenças podem ser vistas no design de capa, apenas.

Isso é um pouco ruim, pois os grimórios são conhecidos por marcarem presença. É aquele tipo de livro que chama a atenção logo de início. Grimórios convidam para serem abertos e lidos.

Já os grimórios mais antigos eram feitos de acordo com os gostos de quem o escrevia. Muitos tinham as capas de couro e símbolos.

Entre os grimórios mais conhecidos está o livro de São Cipriano. Mas tem alguns outros também. Veja!

O livro de Abramelin foi um grimório escrito por volta de 1600. Acredita-se que seu autor foi um mago egípcio muito conhecido na época, seu nome era Abramelin.

Em sua obra ele busca ensinar as pessoas a invocar o seu anjo da guarda. Dizem que é necessário levar ao pé da letra os ensinamentos, do contrário, caso o praticante venha a errar, ele pode perder a consciência.

O possível grimório Voynich foi escrito por volta do ano 1400. No entanto, o conteúdo da obra, distribuída em suas 240 páginas, é um dos grandes mistérios da humanidade.

Vários estudiosos já tentaram desvendar os significados do conteúdo, mas sem muito êxito.

O grimório A Chave de Salomão pode ser conhecido por outros nomes também. Alguns conhecem a obra como Clavícula de Salomão.

Esse grimório é conhecido por supostamente ensinar a fazer conexões entre o mundo físico e o mundo espiritual.

Sua origem é datada de aproximadamente 966 a.C. e 926 a.C.

A autoria deste grimório é creditada ao rei Salomão.

Fontes: KingoLabs e Eu sem fronteiras

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