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Entrevista com Thiago Barrozo, vencedor do Prêmio Ecos de Literatura

Com o thriller policial "O Homem que Explodiu o Presidente", Thiago Barrozo se destaca no meio literário.

Thiago Barrozo nasceu em 1986 em São Paulo. É escritor, jornalista e um "leitor compulsivo", como ele mesmo se considera.


Gosta de ler tanto obras clássicas de autores como Homero, Shakespeare e Dostoiévski até escritores contemporâneos como Rubem Fonseca, Marçal Aquino, Ana Paula Maia, Tony Bellotto, Raymond Chandler, Patricia Highsmith e Petros Markaris.


A história de Thiago Barrozo com a literatura começou por influência de seu avô paterno, que tinha o hábito de ler biografias.


Meu avô paterno foi o grande responsável por me introduzir ao mundo da literatura. Ele gostava muito de biografias e vivia me dando livros sobre a vida de Abraham Lincoln, Mahatma Gandhi, Fidel Castro... explica.

Desde então, a literatura foi tomando cada vez mais espaço em sua vida.


Com o thriller policial "O Homem que Explodiu o Presidente", Barrozo ganhou o Prêmio Ecos de Literatura na categoria "Melhor Enredo".


Além disso, Thiago Barrozo tem publicações em vários veículos de mídia, como Financial Times, Forbes, Mergermarket, O Globo, BandNews e Revista Brasileiros.


Assina também o posfácio de uma antologia de contos políticos chamada "Ainda Somos os Mesmos... e Vivemos", assim como, assina o prefácio da obra "Kairós", escrita pelo cientista político Rodrigo Gallo.


Leia na íntegra a entrevista feita com o autor.


Entrevista com Thiago Barrozo

1. Thiago, você poderia me contar um pouco sobre você (onde nasceu etc.)?


Eu nasci em São Paulo, em 1986. Tirando os três anos em que vivi em Nova York (2010-2012), sempre morei aqui.


É curioso refletir sobre isso. São Paulo é uma cidade de contrastes. Aqui o caos e o insólito perambulam de mãos dadas e pouca gente se dá conta disso.


O trabalho de jornalista me ajudou a desenvolver essa percepção.


Outro dia mesmo eu estava no cruzamento da Ipiranga com a São João, as duas avenidas eternizadas pelo Caetano na música “Sampa”, e vi um senhor rabiscando uns versos bíblicos na calçada enquanto uma prostituta discutia com um motoboy, e uma menina de cinco, seis anos de idade, sorria pra mim vestida de Frozen.


Esse caldeirão multicultural é uma matéria-prima valiosíssima pra quem escreve.


Enfim, era pra falar sobre mim e falei sobre São Paulo. Acho que não consigo esconder a relação de amor e ódio que sinto pela cidade.


2. Como começou a sua história com a literatura?


Meu avô paterno foi o grande responsável por me introduzir ao mundo da literatura. Ele gostava muito de biografias e vivia me dando livros sobre a vida de Abraham Lincoln, Mahatma Gandhi, Fidel Castro...


Sim, ele conseguia misturar Lincoln, Fidel e Gandhi na mesma prateleira. Hoje imagino que a capacidade de superação destas personagens era o que mais o cativava.


Muito mais do que qualquer visão ideológica ou preferência política. O ser humano tem uma capacidade de adaptação e perseverança surpreendente. Meu avô era capaz de enxergar este talento.


3. Pra você, o que define um bom livro?


Uma boa história. Simples assim.


E a história não precisa ser mirabolante, pode ser um conto breve sobre o dia em que você acordou atrasado pra uma reunião importante e descobriu que estava trancado dentro de casa, que sua esposa saiu mais cedo e levou o molho de chaves.


O que realmente importa é o como. O que você faz diante dos fatos. Suas angústias, medos, sonhos e aspirações.